A pessoa insiste em ficar diante do computador ou da televisão quando não há ninguém em casa ou todos estão dormindo.
Mantém uma maleta, mochila, gaveta ou armário com chave e ninguém da família ou do trabalho pode ter acesso.
Olha prolongadamente para as pessoas do sexo oposto quando passa por elas.
Recebe débitos de cartão de crédito para os quais não pode dar explicação.
Chega muito tarde do trabalho ou se ausenta mais do que o necessário, justificando com viagens ou motivos profissionais.
Quando está na internet e alguém se aproxima, muda rapidamente de tela.
Não tem relação sexual com o cônjuge ou demonstra fixação em práticas extravagantes.
Aparenta estar emocionalmente distante de seu cônjuge.
Parece estar ausente e distraído, mesmo nos momentos mais íntimos.
Demonstra instabilidade no estado de ânimo e apresenta comportamento brusco e ameaçador.
O primeiro passo é admitir o problema e mostrar disposição para corrigir esse comportamento.
Procurar apoio de outra pessoa. A melhor pessoa é o cônjuge do viciado (sob a orientação de um especialista). Se isso não for possível, então pode ser um amigo ou familiar íntimo.
Estar sempre sob vigilância (não ficar sozinho por muito tempo; continuar as atividades planejadas).
Manter a sobriedade sexual absoluta: sexo somente com o cônjuge.
Fazer uso de mecanismos estruturados de ajuda: bloquear certos ambientes da internet e limitar o tempo de acesso.
Planejar atividades de recreação, preferencialmente ao ar livre e em locais diferentes do habitual.
A tendência pode ter sua origem em um abuso sexual na infância ou em uma infância conturbada. Nesse caso, o plano de reabilitação deve vir acompanhado da psicoterapia formal, para se aprofundar em assuntos do passado e eliminar os conflitos.
Para a pessoa que dará apoio: seja compassiva e trate o viciado como alguém doente, que precisa se recuperar. Ele precisa aceitar sua responsabilidade. Uma vez aceita e aplicada, não deve ser recriminado ou criticado excessivamente por sua conduta inaceitável. Ele precisa de compreensão, simpatia e apoio.
Ter uma postura firme e coerente com respeito às drogas e aos vícios.
Ajudar a desenvolver uma autoestima saudável nos filhos.
Manter o lar seguro e estável.
Demonstrar flexibilidade nas opiniões e condutas, mas com limites bem definidos.
Dar exemplo no que se refere aos vícios.
Se já foram feitas muitas tentativas para deixar o vício, deve-se insistir com o viciado para que procure um centro de reabilitação.
Apoie o plano estabelecido pelo centro ou profissional qualificado. Confie no tratamento e incentive a pessoa viciada (filho, cônjuge, amigo, e outros).
Evite a superproteção. É uma grande tendência proteger as pessoas que amamos; mas, nessas circunstâncias, é necessário manter firmeza no que se refere ao tratamento.
Recompense as vitórias, pois o viciado precisa de reforços externos para alcançar novos objetivos. Podem ser alimentos, filmes, passeios, jogos, livros, visitas, etc., de acordo com a preferência e as circunstâncias.
Prepare um ambiente calmo, saudável e adequado e procure por todos os meios manter o viciado distante dos espaços facilitadores do vício (locais, pessoas, objetos, etc.), pois os estímulos podem levá-lo a uma recaída.